A China justificou neste domingo a sua crescente presença na África considerando que não é a principal potência estrangeira no setor de hidrocarbonetos do continente e que investe em “benefício do povo”.
“Observei que na comunidade internacional alguns não querem ver as relações sino-africanas se desenvolverem”, declarou o chefe da Diplomacia, Yang Jiechi, em uma entrevista coletiva à imprensa. O ministro explicou que as importações chinesas de petróleo “representam apenas 13% de todas as exportações africanas, enquanto que Europa e Estados Unidos representam mais de 30%” juntos.
“Os investimentos chineses em petróleo na África representam apenas 1/16 do total”, acrescentou Yang. Sobre a presença de Pequim no continente, o chanceler explicou que “a África pertence ao povo africano” e é preciso respeitar “sua liberdade de escolher seus sócios de cooperação e seus amigos”. A China “constrói ferrovias, estradas, pontes e melhora a infraestrutura em benefício do povo”, disse.
Os chineses são acusados de “neocolonialismo” e de explorar os recursos naturais africanos. Os investimentos diretos chineses na África passaram de 491 milhões de dólares en 2003 para 7,8 bilhões no final de 2008, segundo dados oficiais da China.