A China está interessada em investir no ramo da ciência e tecnologia em Moçambique encontrando-se em Maputo uma delegação deste país asiático com o objectivo de explorar as possibilidades de investimento no sector, com as atenções viradas actualmente para o Parque de Maluana, no distrito de Manhiça, cujas obras estão já em marcha.
A delegação chinesa em visita exploratória ao país é composta por 18 elementos, entre membros do governo e empresários e é liderada pela governadora da província de Ahnui, Hua Jianhui, que manteve na segunda-feira um encontro de trabalho com o Ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue. O primeiro edifício do Parque de Ciência e Tecnologia está a ser construído em Maluana, distrito da Manhiça, província de Maputo, no Sul de Moçambique, e deverá estar concluído dentro de 18 meses contados a partir de Março último. A construção deste edifício, orçado em 25 milhões de dólares norte-americanos, conta com financiamento da cooperação indiana.
Venâncio Massingue convidou os empresários chineses a investirem naquele espaço, salientando que o Governo moçambicano definiu a ciência e tecnologia como principal força produtiva por se tratar de uma área que vai trazer uma mais valia para a sustentabilidade do crescimento económico do país. “Ahnui como província muito forte na tecnologia é o parceiro privilegiado para a instalação de infra-estruturas comuns como são os casos do centro nacional de Biotecnologia e de Energias Renováveis, Universidade Tecnológica, Recursos Naturais, entre outras infra-estruturas no Parque de Maluana”, disse o Ministro.
Na ocasião, o governante moçambicano apresentou em linhas gerais as potencialidades do Parque de Maluana, tendo destacado que esta infra-estrutura é de capital importância para o país porque, para além de garantir a sustentabilidade do crescimento económico, vai permitir desenvolvimento dos empreendedores e do capital humano como suporte para a redução da pobreza. Segundo Massingue, o Parque de Maluana vai fazer a manutenção e montagem de equipamento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), software, realização de pesquisas multisectoriais, soluções para a saúde, desenho e testagem de equipamentos, recursos naturais e biotecnologia.
“Moçambique tem ideias e uma equipa disponível para prestar o apoio necessário desde a disponibilização de terra até a tramitação de documentos para o estabelecimento das empresas no parque, tomando em consideração que os parques tem a tarefa de suportar o desenvolvimento do país”, vincou. Por seu turno, Hua Jianhui, disse que depois deste encontro exploratório a missão quando regressar a China vai convidar empresários, universidades e outros intervenientes para uma abordagem conjunta do potencial que representa o investimento na área tecnológica em Moçambique.
“Terminada esta fase, o Governo chinês vai enviar, num futuro que pretende muito breve, uma equipa técnica com a missão de junto da sua congénere moçambicana estabelecerem as bases desta cooperação económica” disse Hua Jianhui. O Parque de Maluana está a ser erguido numa área de 950 hectares e a primeira fase abarca apenas 360, estando localizado muito perto da Estrada Nacional Número Um (EN1), linha-férrea e do Rio Incomati, condições propícias para o seu desenvolvimento.