A China anunciou quarta-feira um empréstimo de 600 milhões de dólares a Cuba, durante uma visita à ilha do líder do parlamento chinês Wu Bangguo, informaram fontes diplomáticas.
Wu, segundo homem mais poderoso do Partido Comunista chinês, chegou na terça à noite para uma visita de três dias. Ele se encontrou com o líder do parlamento cubano Ricardo Alarcon, com quem assinou uma série de acordos bilaterais que incluem dois empréstimos: um de 260 milhões de dólares, para a compra de 10 carregamentos de grãos, e outro, de 300 milhões de dólares, para ajudar na modernização do sistema de telecomunicações da ilha. Havana também contará com o crédito concedido por Pequim para investir na televisão cubana, indicou um porta-voz da missão diplomática chinesa, sem especificar o montante.
Além disso, a China doou nove milhões de dólares, ofereceu uma linha de crédito no mesmo valor e outra, preferencial no valor de um milhão de dólares, para investimentos em projetos que serão determinados pelo governo cubano. Os dois países também ampliaram sua cooperação em áreas como a sinalização no trânsito, a agricultura e a criação de animais.
Wu se encontrará com outras autoridades cubanas, mas não tem nenhuma reunião agendada com o presidente Raul Castro ou com Fidel, líder da revolução comunista cubana. A visita coincide com uma viagem à Ásia do ministro das Relações Exteriores cubano Bruno Rodriguez, que foi a Pequim nesta quarta-feira. A China é uma fonte vital de recursos para Cuba, além de ser seu segundo maior parceiro comercial depois da Venezuela, com 2,6 bilhões de dólares em comércio bilateral por ano.