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China e Bangladesh maiores importadores do algodão de Moçambique

A China e o Bangladesh incrementaram os seus volumes de importação de algodão de Moçambique em 31% e 22%, respectivamente, em 2012, enquanto Portugal diminuiu a quantidade em 2% devido à melhoria do preço deste produto nalguns países asiáticos.

No período em análise, o volume total da comercialização do algodão foi de 173 mil toneladas, das quais Portugal importou apenas o correspondente a 1%, contra 3% de 2011, segundo o Instituto do Algodão de Moçambique.

Em África, o maior destinatário do algodão moçambicano foram as Ilhas Maurícias, com 6%, segundo ainda o Instituto de Algodão de Moçambique. A fonte realça que até finais de 2011 o principal destino do algodão moçambicano no continente africano era a vizinha África do Sul, situação invertida a favor das Maurícias devido ao crescimento da indústria têxtil naquele país localizado ao largo do Oceano Índico.

De referir, entretanto, que na campanha algodoeira 2011/12 Moçambique produziu cerca de 184 mil toneladas de algodão-caroço, superando o marco histórico anterior de 144 mil toneladas, colhidas na campanha 1972/1973, segundo Rodolso Mahalambe, director do Instituto de Algodão de Moçambique, realçando que a produtividade do algodão também aumentou, passando de 550 quilogramas por hectare, na safra agrícola 1972/1973, para 975 quilogramas por hectare, na campanha 2011/2012.

O sector familiar disperso continua a dominar o subsector algodoeiro do país, contribuindo com cerca de 95% da produção, contra 4% do sector associativo e 1% que combina a produção comercial directa das empresas de fomento e a produção de unidades comerciais autónomas.

As províncias de Nampula, Cabo Delgado e Sofala continuam a liderar o ranking das maiores produtoras, representando cerca de 70% da produção total, de acordo igualmente com Mahalambe, realçando que estes resultados positivos já eram esperados desde o lançamento do Subprograma de Revitalização da Cadeia de Valor do Algodão (SRCVA), no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA).

Este programa preconiza a rápida recuperação dos níveis históricos de produção, através do aumento da produção, produtividade e qualidade do algodão, melhoria do comércio e marketing do algodão e seus subprodutos, contribuição para industrialização local dos produtos e subprodutos do algodão e através da adequação do quadro político-institucional e capacidade dos actores para actuação à altura da dinâmica a criar no subsector.

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