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Chile, Arábia Saudita, Chade, Nigéria e Lituânia são eleitos para Conselho de Segurança

A Arábia Saudita, o Chade e a Nigéria foram eleitos pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, esta quinta-feira (17), para um mandato de dois anos no Conselho de Segurança da entidade, e os grupos de direitos humanos exigiram que os três países melhorem as suas condições.

Chile e Lituânia também ganharam assentos no conselho, que tem 10 membros temporários e cinco permanentes com poder de veto — Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China. O grupo eleito nesta quinta-feira irá substituir Azerbaijão, Guatemala, Paquistão, Marrocos e Togo no Conselho de Segurança a partir de 1 de Janeiro de 2014.

As nações eleitas não tinham oposição, mas tiveram de obter a aprovação de dois terços dos 193 membros da Assembleia-Geral. Dos 191 membros da ONU que votaram, a Lituânia obteve 187 votos, o Chile e a Nigéria receberam 186 votos cada, o Chade garantiu 184 votos e a Arábia Saudita, 176 votos.

“Os membros do Conselho de Segurança são rotineiramente chamados para abordar os direitos humanos fundamentais e as questões humanitárias”, disse o director-executivo da UN Watch, Hillel Neuer, um grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Genebra que monitora a ONU.

“A Arábia Saudita e o Chade têm registos abismais sobre direitos humanos.” A Arábia Saudita, uma sociedade patriarcal que aplica uma versão austera do Islão sunita, tem sido repetidamente acusada de violar os direitos das mulheres. No mês passado, o país liderou uma lista de países do Banco Mundial com leis que limitam o potencial económico das mulheres.

A Arábia Saudita, que também está em campanha para ser eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, concede aos pais a tutela de suas filhas, dando-lhes o controle sobre com quem podem se casar e quando, e é também o único país do mundo onde as mulheres são proibidas de conduzir.

A Human Rights Watch afirmou que ocupar esse posto importante da ONU deve estimular os sauditas a “limpar os seus actos”. Um diplomata sénior do Conselho de Segurança, falando sob condição de anonimato, saudou a eleição de um país-chave no Oriente Médio, enquanto o mundo tenta pôr fim a uma guerra civil de mais de dois anos e meio na Síria, que já matou mais de 100 mil pessoas.

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