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Chávez faz fisioterapia para voltar à Venezuela

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está a ser submetido a fisioterapia em Cuba para poder voltar ao seu país, depois de ficar fora um mês e meio a recuperar-se de uma complexa cirurgia contra um cancro, disse, esta Terça-feira (22), o seu colega boliviano, Evo Morales.

“Antes de ontem e ontem falei com Cuba … temos uma boa notícia, o irmão comandante-presidente Hugo Chávez já está em fisioterapia para voltar ao seu país”, disse Morales durante um comício em La Paz.

Apesar dos desejos de melhoras de Morales, o geralmente omnipresente presidente venezuelano não é visto em público desde que se submeteu, a 11 de Dezembro, a sua quarta cirurgia em 18 meses por causa da doença, cujos detalhes são ignorados.

“Esperamos estar logo juntos nos eventos internacionais como sempre, os líderes da pátria grande como Fidel Castro, como Hugo Chávez fazem muita falta nos eventos internacionais e tenho certeza de que logo estaremos nas cúpulas de chefes de Estado”, acrescentou Morales durante a declaração ao Congresso.

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, disse, Segunda-feira, que viajou a Cuba e reuniu-se com um Chávez, que já “ri e brinca”. Antes de partir para Havana para sua quarta cirurgia em 18 meses, Chávez nomeou o vice-presidente Nicolás Maduro como seu potencial sucessor, pondo em dúvida a sua permanência à frente do país produtor de petróleo.

Durante o complexo pós-operatório que Chávez vem atravessando, surgiram diversas complicações, como hemorragia e uma infecção respiratória.

Apesar de Chávez não ter tomado posse do seu novo mandato a 10 de Janeiro, como estipula a Constituição, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela permitiu que ele o fizesse mais tarde e endossou indefinidamente a continuidade do presidente e de seu gabinete.

Desde que Chávez revelou que padecia de cancro, em Junho de 2011, a saga da sua doença já incluiu quatro operações, duas reincidências e igual número de recuperações triunfais anunciando que havia derrotado o cancro.

A última delas foi dois meses antes de ganhar uma nova reeleição presidencial em Outubro para assumir o terceiro mandato.

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