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Chávez expropria 60 empresas do setor de petróleo no oeste da Venezuela

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, desapropriou nesta sexta-feira bens e serviços da indústria de petróleo no Lago de Maracaibo (oeste), depois da promulgação de uma lei que estabelece o controle do Estado.

Na sexta-feira, no lago de Maracaibo, passaram para o Estado 300 lanchas, 30 rebocadores, 39 terminais e cais, cinco diques de estaleiros, o que representa a expropriação total ou parcial de 60 empresas que possuem estes bens, algumas delas estrangeiras, que serão indenizadas, segundo a lei.

A Venezuela, o maior país produtor de petróleo sul-americano, já instaurou em 2007, na riquíssima Faixa do Orinoco, um sistema de empresas mistas entre a PDVSA e outras firmas, nas quais o Estado possui pelo menos 60% del capital. “Recuperamos primeiro a medula e agora todas estas atividades que são estratégicas, conexas mas estratégicas, não de segunda importância”, explicou o presidente. “Estamos libertando a pátria, construindo o socialismo com os trabalhadores. Estes espaços são agora do povo, nós os libertamos do capitalismo, são espaços para a criação da nova pátria”, celebrou Chávez.

A nova lei concede ao Estado o controle das atividades ligadas ao setor dos hidrocarbonetos, tais como empresas de distribuição de água, vapor ou gás, de transporte de trabalhadores e de prestação de outros serviços na indústria petroleira. Segundo o ministro da Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, 85% das atividades sujeitas a esta lei, até então em mãos de empresas contratistas, já estão sob controle do Estado.

Segundo Chávez, 8.000 empregados que trabalhavam para as empresas expropriadas serão absorvidos pela estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA). Atualmente as empresas do setor de petróleo dão trabalho a 20.000 pessoas. Segundo o presidente, a lei garantirá, além disso, uma economia de 700 milhões de dólares por ano à PDVSA, que até agora pagava a empresas terceirizadas por seus serviços.

Nos últimos meses, várias firmas estrangeiras denunciaram a falta de pagamento por parte da PDVSA por seus serviços, entre eles os que fornecem equipamento de perfuração.

Em 2008, as dívidas da estatal com seus fornecedores aumentaram 146% chegando a 13,8 bilhões de dólares, segundo dados extraoficiais ainda não auditados.

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