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Chávez admite ter sido operado a um tumor

O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, reconheceu, esta sexta-feira, ter sido operado a um tumor canceroso em Cuba mas assegurou que está a recuperar bem, numa mensagem à nação lida a partir de Havana e retransmitida por todas as rádios e televisões venezuelanas.

“Os exames confirmaram a existência de um tumor com a presença de células cancerosas que tornou necessária uma segunda intervenção para a ablação total desse tumor”, explicou o chefe de Estado, afirmando ter esperança numa total recuperação.

Com 56 anos, o presidente da primeira potência petrolífera da América do Sul e líder de uma esquerda radical foi hospitalizado de urgência em Cuba, no passado dia 10 de Junho, durante uma visita oficial ao país. Até agora sabia-se apenas que o Presidente tinha sido submetido a uma cirurgia a um abcesso pélvico, uma acumulação de pus na zona inferior do abdómen.

O silêncio prolongado acerca do seu estado de saúde estava a alimentar rumores e boatos na Venezuela, desde operações estéticas até estratagemas políticos para ganhar as presidenciais de 2012. Hugo Chávez não anunciou, durante a sua comunicação, a data de regresso à Venezuela.

“Trata-se de uma intervenção importante, realizada sem complicações, após a qual eu evolui de forma satisfatória seguindo os tratamentos complementares para combater os diferentes tipos de células encontradas, e continuar assim o caminho para o meu total restabelecimento”, explicou o governante.

Habituado a improvisar discursos que duram várias horas, desta vez Chávez limitou-se a ler um texto durante 15 minutos diante de uma bandeira venezuelana e uma imagem do herói da independência, Simón Bolivar. Chefe de Estado hiperactivo e reeleito três vezes desde 1998, Chávez lamentou ter negligenciado a sua saúde durante tantos anos.

A sua ausência da Venezuela num momento em que o país enfrenta uma grave crise energética e um violento motim numa prisão suscitou incertezas, mas Chávez assegurou que continua aos comandos do seu país.

“Continuo a ser informado e continuo à frente do governo bolivariano, em comunicação permanente com o vice-presidente Elías Jaua e toda a equipa governamental”, assegurou.

Hugo Chávez não cedeu os seus poderes ao número dois do país, como prevê a Constituição em tais circunstâncias.

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