Cerca de 70% dos cerca de 23 milhões de moçambicanos melhoraram a sua dieta alimentar em 2013, superando a taxa de 35% de 2008, situação que se deve ao maior acesso a alimentos nutritivos, segundo o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN).
Os bem alimentados recorreram ao consumo de produtos agrícolas de alta nutrição, em particular frutos silvestres e produtos pesqueiros para melhorar os seus padrões de vida, segundo ainda o SET-SAN, acrescentando que as regiões Centro e Norte do país são as que mais se destacam neste novo padrão de vida dos moçambicanos.
Por seu turno, o consumo diário de calorias por pessoa passou de 1750 quilocarias (Kcal) em 2008, para 2500 Kcal/pessoa/dia em 2013, nível tido como estando “dentro dos padrões de saúde” aceitáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Contudo, o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional realça que o número de moçambicanos vivendo na insegurança alimentar aguda aumentou em 30 mil pessoas, em 2013, atingindo cerca de 300 mil contra 270 mil pessoas registadas em 2012, situação justificada pela incidência das cheias e seca no início do ano e pela eclosão da tensão político-militar que o país experimenta desde Abril último.
Por causa deste conflito armado, o Governo dos Estados Unidos da América (EUA) estima que os preços dos produtos alimentares básicos deverão atingir o seu máximo entre Fevereiro e Março de 2014, devido ao movimento condicionado de camiões com mercadorias para vários pontos do país que resulta da insegurança rodoviária ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1), alvo de ataques armados da guerrilha da Renamo contra civis e membros das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.