Aproximadamente 50 enfermeiras indianas foram levadas contra sua vontade de um hospital na cidade iraquiana de Tikrit, controlada por militantes, disse o Ministério das Relações Exteriores da Índia, esta quinta-feira (3).
Numa conferência de imprensa, o porta-voz da chancelaria, Syed Akbaruddin, negou de dizer quem haveria ordenado as enfermeiras a deixar o hospital ou para onde teriam sido levadas.
Perguntado se as enfermeiras foram sequestradas, Akbaruddin disse: “Em zonas de conflito, não há liberdade de escolha… Essa é uma situação em que as suas vidas estão em perigo.”
Oommen Chandy, assessor do ministro-chefe do Estado indiano de origem das enfermeiras, Kerala, disse à Reuters que “militantes” forçaram-nas a deixar o hospital e embarcar em dois autocarros.
Tikrit, cidade natal do ex-presidente Saddam Hussein, tem sido local de intensos combates nesta semana, enquanto as tropas iraquianas lutam para recuperar o controle da cidade das mãos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Insurgentes do Estado Islâmico e outros grupos militantes muçulmanos sunitas tomaram cidades da Síria e Iraque numa rápida ofensiva no mês passado. Há duas semanas, 40 operário de construção civil foram sequestrados em Mosul, no norte do Iraque, e somente um foi libertado até o momento.
Cerca de 10 mil indianos trabalham no Iraque, a maioria em áreas não afectadas por conflitos, mas muitos deles voltaram para a Índia desde que o EIIL começou a sua ofensiva.