Cerca de 1.300 pessoas morreram no conflito da Ucrânia desde o cessar-fogo de Setembro, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o qual muitas pessoas que vivem no leste rebelado estão a enfrentar dificuldades para sobreviver.
Chegam a 4.707 os combatentes e civis mortos desde Abril, quando os rebeldes pró-Rússia tomaram regiões do leste ucraniano próximas da fronteira com a Rússia, e o dia 12 de Dezembro Dessas mortes, 1.357, ou quase 30 por cento, foram registadas depois da trégua de 5 de Setembro, algumas das quais podem ter ocorrido antes desta data, declarou o relatório divulgado, esta segunda-feira.
Embora a violência tenha diminuído nos últimos dias, as agressões esporádicas violaram a trégua firmada entre as forças do governo da Ucrânia e os separatistas, agravando uma crise humanitária que deixou muitos civis sem o amparo social adequado.
“O conflito está no seu nono mês e a situação está a tornar-se cada vez mais dura para a população que ainda vive no leste”, declarou Zeid Ra’ad Al-Hussein, o Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos humanos, num comunicado.
O governo central de Kiev cortou os laços financeiros com os territórios separatistas, suspendendo pensões e pagamentos do bem-estar social devido ao temor de que os fundos terminem financiando operações militares dos rebeldes.
A decisão deve aprofundar a vulnerabilidade económica e social dos habitantes do leste, disse a ONU, uma vez que, apesar de desejarem a autonomia total, as autoridades rebeldes ainda não equacionaram as suas finanças, criando um vácuo institucional.