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Cerca de 100 pessoas podem ter sido expostas a um paciente com Ébola nos EUA

Cerca de 100 pessoas podem ter tido contacto directo ou indirecto com a primeira pessoa a ser diagnosticada com o vírus mortal do Ébola nos Estados Unidos, e quatro delas foram colocadas em quarentena num apartamento em Dallas, afirmaram as autoridades de saúde, esta quinta-feira (2).

As autoridades do condado de Dallas disseram que entre 12 e 18 pessoas tiveram contacto directo com o paciente, que viajou ao Estado do Texas vindo da Libéria, com escala em Bruxelas e Washington, há duas semanas, e elas por sua vez tiveram contacto com dezenas de outras.

Os funcionários afirmaram que nenhum dos que se acredita terem tido contacto directo ou indirecto com o paciente, que está a ser tratado num hospital da cidade de Dallas, mostra sintomas do Ébola.

A doença pode causar febre, hemorragia, vómito e diarreia e é transmitida por fluidos corporais, como sangue ou saliva. O Ébola já matou pelo menos 3.338 pessoas no oeste da África no pior surto da doença já registado.

Uma autoridade de saúde de alto escalão exortou os hospitais norte-americanos a aprender com as lições de Dallas, onde inicialmente o hospital mandou o paciente para casa, apesar de informações de que recentemente ele tinha visitado o oeste africano, possivelmente expondo mais pessoas ao vírus.

Num primeiro momento as autoridades descreveram o número de pessoas potencialmente expostas como um punhado, e na quarta-feira diziam serem 18. Mas nesta quinta-feira, o departamento de saúde do Texas afirmou haver cerca de 100 contactados em potencial. Os funcionários do condado de Dallas, entretanto, disseram que mais de 80 pessoas tiveram contacto directo ou indirecto com o paciente.

“Estamos a trabalhar com base numa lista de 100 contactos potenciais ou possíveis”, declarou a porta-voz do departamento de saúde do Texas, Carrie Williams. “Por excesso de zelo, estamos a começar com uma abordagem muito ampla, incluindo pessoas que podem ter tido breves encontros com o paciente ou com a sua casa. O número irá diminuir à medida que nos concentrarmos naqueles cujo contacto possa representar um risco de infecção em potencial”.

As autoridades de saúde texanas instruíram quatro parentes “próximos” do paciente a não receberem visitas e disseram que eles podem ser presos se saírem de casa sem permissão antes de 19 de Outubro, embora não exibam sintomas.

Alerta

Um amigo da família do paciente, Gee Melish, identificou o homem como Thomas Eric Duncan. O sobrinho de Duncan, Josephus Weeks, afirmou à rede de televisão NBC na noite da quarta-feira que o seu tio não recebeu tratamento para o Ébola até ele ligar pessoalmente para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) em Atlanta para relatar a suspeita da doença, o que fez no dia em que Duncan retornou ao hospital.

O jornal New York Times relatou que Duncan, que tem cerca de 40 anos, ajudou a transportar uma mulher grávida infectada com o Ébola a um hospital na Libéria, onde ela foi rejeitada por falta de espaço.

Em seguida, Duncan levou-a de volta para a casa da sua família, onde ela morreu mais tarde, e chegou a carregá-la. As autoridades de saúde dos EUA afirmaram que o sistema de saúde do país está bem preparado para conter a propagação do Ébola localizando todos que tiveram contacto com o paciente e proporcionando os cuidados adequados aos que forem internados nos hospitais.

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