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Central sindical portuguesa promete acção contra reformas

Milhares de trabalhadores portugueses fizeram, Quarta-feira, uma excursão, em Lisboa, contra reformas trabalhistas exigidas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional, e prometeram outras manifestações contra o governo.

A excursão foi organizada pela CGTP, maior central sindical do país, com 750 mil filiados. A entidade não aderiu a um pacto selado, esta semana, por outros sindicatos e pelo governo, que abriu caminho para reformas nas leis trabalhistas.

“Não haverá recuo”, disse o dirigente Manuel Carvalho da Silva a cerca de 2.000 manifestantes reunidos perto do Parlamento. Os activistas passaram pelo centro da capital levando cartazes que diziam “Não ao trabalho forçado, não às demissões!”

A central convocou uma grande manifestação para 11 de Fevereiro em Lisboa, e prometeu acompanhar de perto as reformas, que anteriormente qualificou de “infernais”.

A reforma deve facilitar as demissões e contratações, e reduzir as indemnizações em caso de demissão e das férias. O seu objectivo é melhorar a competitividade do país e ajudar as empresas locais a enfrentarem a pior recessão em Portugal desde a década de 1970.

A UGT, segunda maior central sindical portuguesa, e outras entidades sindicais e patronais assinaram o acordo, Quarta-feira, fazendo bastante provável a aprovação das reformas. Mas a não adesão da CGTP pode fazer com que os protestos cresçam.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse que a assinatura do pacto “marca a história dum país que conseguiu unir-se para confrontar os desafios”.

Para Carvalho da Silva, foi “um dia tristemente histórico”. “Isso é contra o progresso, o desenvolvimento, a dignidade humana e o valor do trabalho”, afirmou o sindicalista.

Em Maio de 2011, Portugal prometeu reformar as leis trabalhistas e o Judiciário, em troca duma ajuda de 78 bilhões de euros (100 bilhões de dólares) da UE e do FMI.

A insatisfação social por enquanto é branda em Portugal, em comparação à Grécia e a outros países em crise na Europa. Uma greve geral em Novembro teve pouco impacto sobre o sector privado.

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