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Cenário de “guerra” no centro de Moçambique

A região centro de Moçambique, particularmente nos distritos e postos administrativos que ladeiam a Estrada Nacional nº 1, vive-se em estado oficioso de guerra. Os cidadãos que residem nesta zona estão a conviver, desde a passada quinta-feira (20), com anormal presença de centenas agentes da Polícia de proteção, dezenas de agentes das Forças de Intervenção Rápida (FIR), centenas de soldados das Forças Armadas (FADM) e mesmo agentes dos Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE).

Neste sábado não registamos nenhum confronto armando ou ataque a civis, entre o posto administrativo de Muxúnguè e a ponte sobre o rio Save, na província central de Sofala. Os ataques desta sexta-feira não foram ainda reivindicados.

O aparato é complementado por veículos militares, que para além de camiões de grande porte incluem blindados. É possível também ver nas mãos destes milhares de agentes das autoridades governamentais armamento diverso entre pistolas, metralhadoras, e outras armas de grande porte.

As buscas dos alegados homens armados da Renamo prosseguem e várias detenções arbitrárias tem estado a acontecer. Na manhã deste sábado um cidadão foi detido em Muxúnguè, chamboqueado e levado à força ao posto policial porque alegadamente seria um espião da Renamo. Um outro cidadão, também acusado de pertencer ao grupo de homens armados, foi detido pela polícia no posto local. Ambos detidos refutam acusações da PRM.

Circula-se pela estrada e na linha de sena

O trânsito de viaturas foi retomado nas primeiras horas desta sábado (22), no troço da EN1 entre Muxúnguè e o rio Save, e no sentido inverso, condicionado a colunas que são escoltadas por agentes das FIR e soldados das FADM. Foram realizadas cinco viagens em cada sentido, com colunas de cerca de duas dezenas de viaturas (ligeiras, autocarros de passageiros, carrinhas e camiões). As 18 horas o trânsito é interrompido até ao raiar do sol no domingo.

A circulação de comboios de carga e de passageiros na linha de Sena, entre a cidade da Beira até Marromeu, ou até Moatize, continua a acontecer sem relatos de problemas. Os CFM, como medida de precaução, decidiram que os comboios circulem em velocidade reduzida.

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