A empresa Cervejas de Moçambique (CDM), filial da SABMiller Plc, lança oficialmente, esta segunda-feira, na localidade de Namigonha, em Ribáuè, província de Nampula, a nova marca de cerveja, denominada Impala , feita à base de mandioca.
Segundo um comunicado da empresa, a cerveja Impala, produzida à escala comercial pela unidade fabril da CDM instalada em Nampula, vai utilizar 70 por cento de mandioca. A mesma resulta de vários anos de investigação para superar os desafios do processamento e fabricação da cerveja com a mandioca como matéria-prima principal, segundo refere a CDM no seu comunicado. A empresa assume esta experiência como pioneira no mundo.
De referir que a produção de cerveja a base de mandioca foi aprovada recentemente pela Assembleia da Republica (AR), o parlamento moçambicano. A nova cerveja de mandioca será comercializada nos distritos da província de Nampula numa primeira fase ao preço de 25 meticais por garrafa de 550 mililitros, mais conhecida por média. A mandioca, cuja produção nacional excede o consumo interno, é uma fonte de amido, mas que começa a se degradar quase imediatamente após a colheita. Por outro lado, o alto teor de água torna inconveniente o transporte da mesma por longas distâncias.
Com vista a preservar a integridade do amido, a CDM estabeleceu uma parceria com a DADTCO, uma empresa holandesa de comércio e desenvolvimento agrícola, que vai colocar unidades móveis de processamento da mandioca nas regiões de cultivo. A presidente do Conselho de Administração da Cervejas de Moçambique, Isidora Faztudo, considera, a-propósito, que “sempre foi nossa ambição desenvolver uma cerveja de alta qualidade e acessível, para atender à demanda local”. Com a produção de cerveja à base de mandioca, abre-se uma oportunidade para a utilização desta cultura produzida localmente e em quantidades consideráveis.
Prevê-se que, na produção da Impala, sejam anualmente utilizadas aproximadamente 40 mil toneladas de mandioca, criando emprego para mais de 1.500 pequenos agricultores e suas famílias, tecnicamente assistidas pela IFDC, uma organização internacional que apoia os camponeses em toda a África.