A Guiné-Conacri e a Serra Leoa registraram 132 novos casos confirmados do Ébola na semana de 1 de Março, um aumento de 34 infecções em relação à semana anterior, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira. A Libéria não relatou novas infecções confirmadas na semana, a primeira vez desde 26 de Maio do ano passado, informou a agência da ONU na sua última atualização sobre a epidemia que aflige a África Ocidental.
A OMS apontou para sinais de que as comunidades ainda resistem a levar familiares infectados aos centros de tratamento. Apenas metade das 51 novas infecções na Guiné-Conacri veio de contatos registrados de pacientes com Ébola e alguns casos só são identificados após o teste feito após a morte, afirmou a OMS.
O vírus mortal ainda está muito disseminado em Serra Leoa, que registrou 81 novos casos, incluindo 26 na capital, Freetown. “O número de mortes confirmadas pelo vírus Ebola ocorridas em Guiné e Serra Leoa continua a ser elevado, sugerindo que a necessidade de isolamento e tratamento precoce ainda não foi compreendida, aceita ou posta em prática”, disse a OMS em comunicado.
“Enterros em condições não seguras continuam a ocorrer, com 16 relatos de enterros inseguros, tanto na Guiné como em Serra Leoa”, disse.
No total, mais de 23.900 casos confirmados e suspeitos de Ebola foram notificados desde que o surto começou em Dezembro de 2013, incluindo 9.800 mortes, afirmou a OMS. Cerca de 500 profissionais de saúde estão entre as vítimas fatais.
