Volkswagen Scirocco alterado consegue percorrer cerca de 4,8 km por quilo de café, o equivalente a 34 cafés por quilómetro. Numa altura em que as atenções estão centradas no desenvolvimento dos veículos movidos a electricidade, como alternativa aos tradicionais combustíveis fósseis, em Inglaterra acaba de ser apresentado o Car-puccino, um automóvel movido a… café!
Este projecto, que tem como base um Volkswagen Scirocco de 1988 – escolhido pelas semelhanças, tem termos de design, com o emblemático DeLorean, utilizado no filme “Regresso ao futuro” –, foi apresentado no decorrer de uma feira de ciências, em Manchester, e consegue percorrer cerca de 4,8 km por quilo de café, o equivalente, segundo os especialistas, a 34 cafés por quilómetro.
Felizmente, o motor não exige café de elevada qualidade, funcionando com as variedades de café mais baratas do mercado. Na realidade, o sistema adoptado no Car-puccino não passa de uma evolução do gasogénio (gás produzido a partir da queima da madeira ou do carvão – em Lisboa chegaram a funcionar táxis que usavam este sistema), usado para manter em funcionamento os veículos durante a Segunda Guerra Mundial.
No “Car-puccino”, o sistema utiliza carvão para aquecer os grãos de café a 700º C, libertando uma mistura de hidrogénio e dióxido de carbono que, em seguida, é arrefecida num radiador colocado no topo do tejadilho. O gás é então filtrado e enviado para o motor. O “Car-puccino” alcança os 100 km/h, mas não consegue manter velocidades elevadas por muito tempo: a cada 100 km é preciso parar para substituir os filtros, de forma a evitar que fiquem entupidos.
Entretanto, os ocupantes podem aproveitar para tomar um cafezinho. Para testar a validade da invenção, o “Car-puccino” vai percorrer a distância de 330 quilómetros entre Manchester e Londres (Inglaterra), abastecido apenas com grãos de café torrado. Para conseguir tamanha façanha, o Car-puccino vai precisar de «beber» algo como… 11.760 cafés.
