Um grupo de candidatos a membros de assembleias de voto (MMV’s) em Mopeia, província da Zambézia, Centro de Moçambique, decidiu, domingo passado, não participar nas actividades de formação em protesto contra o alegado não pagamento do “subsídio de refeições” pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE). Trata-se de um grupo de candidatos ao preenchimento das 406 vagas destinadas aos membros das 58 assembleias de voto que estarão em funcionamento em Mopeia no dia das eleições gerais e provinciais (28 de Outubro corrente).
No total, serão formados 106 mil MMV’s por este órgão eleitoral com vista a assegurar o funcionamento das 12,6 mil mesas de votação que estarão abertas em todo o país. O primeiro grupo destes MMV’s está a receber capacitação desde o passado dia 2 até ao dia de hoje. Os outros serão capacitados na segunda fase desta actividade, que terá lugar de 14 a 24 deste mês.
Entretanto, os candidatos a membros das assembleias de voto no distrito de Mopeia que terminaram na segunda-feira a sua capacitação nunca receberam dinheiro destinado a subsidiar as suas refeições. Face a esta situação, parte dos candidatos decidiu boicotar o curso Domingo, em jeito de pressão ao STAE para pagar os alegados subsídios.
“Nós estamos a estudar das 8 as 12 horas, 13.30 as 16.30 horas sem refeições. Já passou o primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto dia, não nos pagaram o dinheiro”, disse um dos boicotadores, falando a Rádio Moçambique (RM), a emissora pública nacional, questionando que “amanhã é último dia, então, em que tempo vamos tomar tal lanche?”.
O director do STAE em Mopeia, Martinho Raimundo, disse os candidatos que se não voltarem às aulas serão, automaticamente, considerados inaptos para trabalhar no dia 28 de Outubro. Ele disse que o número de “grevistas” não é suficiente para comprometer o funcionamento das Assembleias de Voto.