O sector de educação na Maganja da Costa, província da Zambézia, a mando do respectivo administrador, contratou o candidato eleito a presidente da vila municipal daquele distrito, nas eleições de 20 de Novembro último, Virgílio Dinheiro para exercer a função de docente numa escola secundária daquela autarquia, numa clara violação à Lei de Probidade Pública.
A contratação do candidato eleito está a gerar polémica por parte de alguns candidatos à docência naquela parcela do país, que vêm a vaga a ser usurpada por um alguém que, por lei, não pode trabalhar como tal vez que a Lei de Probidade Pública não permite.
Fontes dos Serviços Distrital da Educação da Maganja da Costa referem que a contratação do edil visa essencialmente assegurar o seu futuro, uma vez que até à data em que concorreu às eleições autárquicas de 20 de Novembro de 2013 nunca tinha tido a oportunidade de exercer funções no Aparelho do Estado. Aliás, o mesmo não tem nomeação na função pública.
As nossas fontes acrescentam ainda que, inicialmente, o candidato eleito seria colocado na Escola Familiar Profissional, que vai entrar em funcionamento a partir deste ano lectivo, na qual serão ministrados cursos de agro-pecuária, mas a ideia foi reprovada pelo director da Educação local, Arvisco Hairon, alegando que o ele não tinha uma formação específica para leccionar naquele estabelecimento de ensino, uma vez que se trata de uma escola técnica-profissional.
“O candidato eleito à presidente do município da Maganja da Costa, foi formado em agronomia, e nunca teve uma formação psicopedagógica”, disse a fonte.
E para contornar a situação, e também por forte pressão exercida pelo administrador do distrito sobre o director dos Serviços Distrital da Educação, Juventude e Tecnologia da Maganja da Costa, Arvisco Hairon, o candidato eleito, Virgílio Dinheiro, foi colocado na escola secundária local, cujo contrato de início de exercício da função foi rubricou na última segunda-feira (20).