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Câmara irlandesa rejeita todas as candidaturas a primeiro-ministro

A Dáil, câmara baixa do parlamento da Irlanda, rejeitou nesta quinta-feira as quatro candidaturas ao posto de primeiro-ministro na primeira sessão de posse após as eleições gerais de 26 de Fevereiro.

O primeiro candidato e ainda “Taoiseach” (primeiro-ministro), o líder do partido democrata-cristão Fine Gael (FG), Enda Kenny, obteve o voto de apenas 57 dos 157 deputados que têm direito a se pronunciar sobre esta questão.

Michéal Martin, líder do centrista Fianna Fáil (FF), segundo partido mais votado nas urnas, tendo conseguido 44 cadeiras na câmara, recebeu o “sim” de 43 deputados – um a menos que seu total porque o novo presidente da Dáil, Seán Ó Fearghaíl, é membro da legenda e não pode se posicionar.

Gerry Adams, presidente do esquerdista Sinn Féin, terceira força nacional com 23 parlamentares, obteve 24 votos, também muito longe da maioria absoluta.

Por último, Richard Boyd-Barrett, dirigente da Aliança Antiausteridade-Pessoas antes do Lucro (AAA-PBP), que tem seis cadeiras, obteve hoje nove votos. Após a rejeição de todas as candidaturas, Kenny proporá que a Dáil realize outra sessão de posse mais adiante, talvez em Abril, e anunciará depois sua intenção de apresentar sua renúncia ao presidente da República da Irlanda, Michael Higgins.

Até então, Kenny permanecerá como chefe de governo interino, mas, se durante esse período os partidos não forem capazes de conseguir um pacto de governabilidade, poderiam ser convocadas novas eleições gerais para o último trimestre deste ano.

Os analistas sustentam que a melhor opção para formar um Executivo estável e evitar outras eleições seria um pacto entre FG e FF, rivais históricos que se alternaram no poder desde a independência da Irlanda há quase um século.

No entanto, Kenny e Martin ainda não falaram tête-à-tête e preferiram abordar outras forças para avaliar suas opções para se transformar em “Taoiseach”.

Gerry Adams também pretendia governar em minoria com um bloco de esquerda integrado por formações minoritárias e candidatos independentes, um grupo cujo espectacular crescimento neste pleito lhe levou a ocupar agora 30% da Dáil.

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