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Calma volta a Conakry após confrontos nas vésperas das presidenciais guineenses

Após os violentos confrontos entre militantes da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG, oposição) de Mamadou Cellou Dalein Diallo e da Coligação do Povo da Guiné (RPG, no poder), do Presidente cessante Alpha Condé, ambos candidatos às eleições presidenciais deste domingo, uma calma precária parece reinar desde sábado em Conakry com a retomada da circulação rodoviária.

As rixas que fizeram um morto entre os militantes da RPG instalados em “Casse”, ao longo da estrada onde se vendem essencialmente peças sobressalentes, bem como numerosas lojas calcinadas e pilhadas, começaram quinta-feira à noite durante o regresso do líder da UFDG a Conakry, proveniente do interior do país.

Segundo a Polícia, os militantes da UFDG atacaram violentamente os agentes da ordem que ripostaram aos militantes, vestidos de amarelo, instalados regularmente em “Casse”, a sua zona de predileção onde veículos e lojas de peças sobresselentes foram queimados.

Apesar da advertência da Polícia e numerosos apelos para a calma, os militantes da RPG incendiaram igualmente estabelecimentos comerciais pertencentes a elementos da etnia peuls, da maioria dos membros e simpatizantes da UFDG.

Quando Cellou Dalein Diallo tentava apelar aos seus militantes para se defenderem se fossem atacados, o Presidente cessante, candidato à sua própria sucessão, decidiu anular um comício gigante que devia encerrar sexta-feira à noite a sua campanha, e deslocou-se até “Casse” com vista a pedir aos seus militantes calma e contenção.

O Presidente Condé disse ter decidido adiar o seu comício de encerramento de campanha para evitar confrontos e outros atos de violência.

Este ato do Presidente cessante foi saudado por vários observadores que pensam que as eleições devem decorrer na calma total em todo o território nacional.

Desde sexta-feira à noite, o número 624111111 deixava ouvir a voz do Presidente Condé, apelando às pessoas para votar este domingo na calma e regressar às suas casas sem qualquer provocação.

A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) anunciou ter registado dez mil observadores, incluindo 254 internacionais e o desdobramento de 19 mil agentes de segurança em todo o território nacional onde estão previstas 14 mil assembleias de voto para os seis milhões de eleitores.

Sete candidatos vão enfrentar o Presidente cessante que escolheu os últimos dias da sua campanha para proceder à inauguração de várias obras de construção na capital.

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