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Cabo Delgado: Guebuza recorda vida e obra de Samora Machel na condução dos destinos do país

O Presidente da República, Armando Guebuza, exortou, terça-feira, a população de Cabo Delgado a valorizar a vida e obra de Samora Machel, sublinhando que o primeiro presidente de Moçambique independente foi um dirigente que, pela sua qualidade de líder, soube corresponder aos desafios do momento.

Segundo Guebuza, Samora Machel conduziu o país ate a conquista de independência para que os moçambicanos passassem a ser donos do seu próprio destino.

O presidente moçambicano falava, hoje, num comício popular que orientou na localidade Samora Machel, distrito de Chiure, na província nortenha de Cabo Delgado, no quadro da Presidência Aberta e Inclusiva que vem efectuando naquele ponto de Moçambique.

Guebuza disse que, para o alcance dos objectivos, qualquer país precisa de uma liderança a altura e que Samora Machel soube valorizar os ensinamentos de Mondlane, por isso, conduziu o país a independência.

O Estadista moçambicano, que nesta localidade foi atribuído o Titulo de “Umpewe Oteka”, que significa Regulo Construtor, em reconhecimento dos seus feitos, disse que este é o Ano Samora Machel em que todos os moçambicanos recordam a obra deste líder, sublinhando que “eu estou na localidade Samora Machel”.

“A preocupação dos moçambicanos é comum, a de vencer a luta contra a pobreza”, vincou o Presidente Guebuza. Segundo o Chefe do Estado, depois da conquista da independência Samora compreendeu que para que os moçambicanos passassem a ser patrões de si próprios e donos do seu próprio destino precisavam de quadros a altura, que não tinha, para dirigirem as diferentes áreas de desenvolvimento para que a independência fosse efectiva.

“Samora traçou uma estratégia de formação de jovens e assinou acordos com cuba, que ofereceu lugares nas escolas. Samora tinha um sentido muito profundo de unidade nacional. Mandou para Cuba filhos de moçambicanos de diferentes partes de Moçambique, cujos país não tinham alternativas ”, explicou o presidente Guebuza.

Guebuza explicou que, para resolver o problema de crise da falta de quadros de liderança que surgiu depois da fuga dos colonialistas, Samora Machel criou o 8 de Março, de onde surgiram professores, técnicos, motoristas, entre outros quadros que passaram a dirigir os destinos do país.

“Nessa altura, Moçambique tinha apenas uma universidade em Maputo e a maior parte dos professores eram estrangeiros, mas, hoje, temos mais de trinta estabelecimentos de ensino superior e a maior parte dos professores são moçambicanos. Já existem cientistas moçambicanos”, explicou o Presidente da República.

Na ocasião, o Chefe do Estado apelou aos residentes da localidade Samora Machel para que, em particular neste ano “Ano Samora Machel”, valorizem a vida e obra daquele que foi o primeiro Presidente de Moçambique independente porque “os que hão de visitar esta localidade quererão ver os feitos de Samora nas vossas obras”.

O sonho de Eduardo Mondlane, Samora Machel e de todos os moçambicanos, segundo Guebuza, era de chegar a vez de acabar com a pobreza. Mas, para que isso aconteça, é preciso trabalhar mais. Neste contexto, destacou a importância da educação no papel de ensinar a saber pensar e saber fazer, para se poder aumentar sempre a produção. Na mesma ocasião, Guebuza falou sobre a importância da preservação da paz, para que as pessoas possam trabalhar sem medo.

“A paz é fundamental para o bemestar. Mas há os que só aparecem para fazer confusão, que não querem o bem-estar dos moçambicanos. Temos que ter paz e viver a nossa alegria e, quando estamos tristes, temos que chorar em paz”, defendeu Guebuza.

O Presidente da República instou os residentes da aldeia Samora Machel e, por esta via, a todos os moçambicanos a aprenderem a dominar a natureza para dela tirarem proveito. Disse também ser necessário que os moçambicanos aumentem os conhecimentos e usem as experiências para aumentarem a produção.

O distrito de Chiure, de que a localidade Samora Machel faz parte, conta com mais 217 mil habitantes, que se dedicam maioritariamente a agricultura, sendo culturas mais praticadas as de milho, mandioca, mapira, arroz, feijões como culturas alimentares e algodão, gergelim, castanha de caju, feijão boer, feijão soloco, como culturas de rendimento.

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