A transportadora aérea belga Brussels Airlines mantém os seus voos com destino aos países abalados pela epidemia do ébola na África Ocidental, indica um comunicado da companhia distribuído pouco depois de a sua congénere francesa, Air France, suspender os seus voos para a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné Conakry.
Assim, a Brussels Airlines e a marroquina Royal Air Maroc são as duas companhias que ainda ligam os países afectados pelo ébola e que arriscam-se a ficar cortados do resto do mundo, em detrimento dos passageiros e sobretudo das organizações humanitárias que devem encaminhar pessoal médico e socorros para estes países.
Os os peritos da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) deslocaram-se, quinta-feira passada, a Zaventem, na Bélgica, para informar os sindicatos do pessoal navegante da Brussels Airlines que os riscos de contaminação são muito fracos para os pilotos e assistentes de bordo.
Eles fizeram uma demonstração com as combinações de protecção, explicando todas as precauções de segurança tomadas. Um avião ficará em stand-by em Dakar para evacuar, em menos de três horas, o pessoal navegante no caso de avaria num país afectado pelo Ébola, tranquilizou a direcção da Brussels Airlines.