A produção da cultura de algodão no distrito de Meconta está a registar uma queda nos últimos tempos, em consequência do abandono daquela cultura por parte dos produtores.
Dentre as várias causas da situação, aponta-se o baixo preço praticado pelas empresas envolvidas no processo de fomento e a fraca qualidade da semente fornecida aos produtores.
A titulo de exemplo, refira-se que o preço do algodão da primeira ronda os 5 meticais e 50 centavos o quilograma, contra os cerca de 30 meticais praticados na venda de gergelim, cultura que está a ser privilegiada pelo sector familiar.
Dados fornecidos pelo governo daquele distrito indicam que das 3. 008 toneladas de algodão produzidas no ano de 2007, verificou-se uma redução de 2. 850 na campanha seguinte, enquanto que o gergelim subiu, das 2. 344 do ano de 2007, para 4. 725 toneladas em 2008.
Domingos Fernando, técnico do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, (IIAM), em Namialo, reconheceu a fraca qualidade da semente de algodão fornecida aos produtores nas últimas campanhas, mas assegurou que a sua instituição está a trabalhar no sentido de corrigir o actual cenário.
Para o efeito, o IIAM, através do Centro de Investigação e Multiplicação de Sementes, está a ensaiar uma nova variedade de semente de algodão, denominada “Albar”, numa área de 21 hectares, cujos resultados serão apurados no final da presente campanha agrícola.
Indagado sobre os preços praticados na cultura de algodão, Domingos Fernando escusou- se de comentar, alegadamente por ser da competência da comissão de preços do Ministério da Agricultura, em coordenação com as empresas fomentadoras e os fóruns do chamado “ouro branco”. /Wamphula Fax