Um ataque aéreo israelita matou um militante palestino e feriu dois homens, Sexta-feira, na Faixa de Gaza, disseram fontes médicas israelitas e palestinas, dois dias depois de uma trégua mediada pelo Egito acalmar um surto de violência na fronteira.
O bombardeio na parte central de Gaza ocorreu depois do disparo de dois foguetes contra Israel, horas antes, sem deixar feridos.
Uma porta-voz militar israelita confirmou o bombardeio depois de uma fonte hospitalar do grupo islâmico Hamas anunciar que um militante foi morto e duas outras pessoas ficaram feridas no ataque contra o campo de refugiados de al-Bureij.
Israel disse que os seus jatos atacaram militantes que preparavam-se para disparar foguetes contra Israel.
Em Gaza, os Comités de Resistência Popular, militantes frequentemente envolvidos no lançamento de foguetes, disseram que o homem morto no bombardeio pertencia ao grupo.
O incidente quebrou uma trégua de dois dias, quando militantes do Hamas em Gaza afirmaram que respeitariam o acordo mediado pelo Egito, desde que Israel também parasse de atirar.
O Egito teme que os incidentes nos arredores do seu território possam causar uma espiral de violência, num momento em que a incerteza sobre o resultado das eleições presidenciais egípcias causa distúrbios políticos no país.
O envolvimento do Hamas nos confrontos agravou as preocupações do Egito e de Israel, uma vez que o grupo islâmico que governa Gaza costuma evitar confrontos directos com o Estado judeu desde a devastadora ofensiva israelita de 2009.
O militante morto, Sexta-feira, foi a nona pessoa a ser abatida por bombardeios em Gaza, desde Segunda-feira, cifra que inclui um menino de 14 anos. Israel iniciou essas acções depois de um ataque a partir do Sinai egípcio, que matou um israelita.
Os militares israelitas disseram que mais de 130 foguetes e morteiros disparados a partir de Gaza caíram nas cidades israelitas, desde Segunda-feira, sendo alguns disparados já depois da declaração da trégua.