Uma bomba matou 13 pessoas no centro de Damasco, esta Terça-feira (30), informou a televisão estatal, um dia depois de o primeiro-ministro Wael al-Halki ter sobrevivido a um atentado contra o seu comboio no centro da capital da Síria.
A televisão estatal disse que 70 pessoas ficaram feridas, muitas delas gravemente. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, relatou as mortes de nove civis e três homens das forças de segurança, e disse que o número de mortos deve subir.
A emissora pró-governo Al-Ikhbariya mostrou bombeiros a atravessarem uma espessa camada de fumaça depois da explosão na praça Marjeh. Dois corpos podiam ser vistos no chão. O alvo do ataque não estava imediatamente claro. As imagens mostraram o antigo edifício do Ministério do Interior, que fica perto do local da explosão numa das principais vias da capital.
O ataque da Segunda-feira ao comboio do primeiro-ministro matou seis pessoas, no que se tornou uma táctica cada vez mais usada pelos rebeldes que lutam contra o governo do presidente Bashar al-Assad.
Uma moradora de Damasco, que vive a 1,7 km do local da explosão, disse que a bomba sacudiu as portas da sua casa. “Deve ter sido enorme para que eu tenha ouvido aqui desse jeito. O número de vítimas deve ser horrível, porque é uma praça super movimentada nesta hora do dia”, disse ela via Skype.
Os rebeldes têm aumentado os seus ataques em Damasco, incluindo disparos de morteiro a partir dos subúrbios, numa guerra civil que custou mais de 70.000 vidas, segundo estimativas da ONU.
Em Julho, uma bomba matou quatro assessores de Assad, incluindo o seu cunhado Assef Shawkat e o ministro da Defesa.
