Um Boeing 737-500 caiu durante a aterragem na cidade russa de Kazan, este domingo (17), matando todas as 50 pessoas a bordo e destacando o fraco histórico de segurança das companhias aéreas russas que realizam rotas internas no maior país do mundo.
O voo da companhia aérea do Tartaristão vindo de Moscovo estava a tentar abortar o pouso com o objectivo de fazer uma segunda abordagem, mas explodiu ao atingir a pista, matando todos os 44 passageiros e seis tripulantes a bordo, disseram as autoridades de emergência.
A única imagem do acidente apresentada por emissoras de TV locais era uma fotografia borrada da fuselagem do avião com os bombeiros em primeiro plano, aparentemente depois de terem apagado um incêndio no local.
O voo U363 decolou do aeroporto Domodedovo de Moscovo às 18h25 locais e caiu pouco mais de uma hora depois, disseram as autoridades de emergência. O avião tinha 23 anos. De acordo com os relatos de testemunhas, o Boeing perdeu altitude rapidamente e o seu tanque de combustível explodiu com o impacto. Havia ventos fortes e o céu estava nublado no aeroporto.
As temperaturas estavam abaixo de zero. Os executivos da Boeing presentes no Dubai Airshow recusaram-se a comentar o acidente. Um porta-voz da agência de supervisão da aviação disse que as autoridades buscariam gravações do voo. “O avião tocou o solo e explodiu em chamas”, disse Sergei Izvolsky.
“A causa do acidente por enquanto é desconhecida.” A Rússia e as antigas repúblicas soviéticas combinados tiveram um dos piores registos de segurança de tráfego aéreo do mundo em 2011, com uma taxa de acidentes total de quase três vezes a média mundial, de acordo com a International Air Transport Association (Iata).

