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BNI sem dinheiro do Estado para ser banco de desenvolvimento

BNI sem dinheiro do Estado para ser banco de desenvolvimento

Nascido para ser uma instituição de desenvolvimento o Banco Nacional de Investimento (BNI) não o tem sido devido a falta de fundos do Estado que possibilitem emprestar dinheiro a custo mais barato do que a banca comercial.

Desde a falência do Banco Popular de Desenvolvimento que o sector produtivo nacional clama por uma instituição financeira que não tenha como seu core business apenas as empréstimos comerciais.

Com o início da crise, despoletada pela descoberta das dívidas ilegais, e as taxas de juro triplicaram devido as medidas de Política Monetária do Banco de Moçambique esse clamor tem aumentado embora exista no sector um banco de nasceu para investimentos mas foi comprado pelo Estado para supostamente financiar o desenvolvimento através da concessão de produtos de crédito a taxas de juro bonificadas.

No entanto o BNI, criado em 2010 contudo desde 2012 detido a 100 por cento pelo Estado moçambicano através do Instituto de Gestão das participações do Estado, aposta em recursos com características comerciais tal como qualquer outra instituição do sistema financeiro nacional.

As taxas de juro do Banco Nacional de Investimento, que apenas concede créditos de curto prazo ou de longo prazo à empresas, são tão caras como as dos demais bancos comerciais. Aliás os spreads que tem estado a praticar nos últimos meses é até mais elevado do que oferecem outros bancos comerciais.

Fonte sénior do BNI disse ao @Verdade que o banco não exerce a sua função de banco de desenvolvimento porque o seu principal acionista não tem dinheiro para emprestar ao povo, como é reconhecido pela instituição financeira no seu mais recente Relatório e Contas.

O @Verdade apurou que o banco estatal financia-se disputando os mesmos clientes comerciais com a restante banca e por isso não cria estrutura de capital para conceder créditos bonificados.

Em 2018 o BNI tinha em carteira apenas 520 milhões de Meticais em fundos desenvolvimento: a Linha de agronegócio e empreendedorismo, a Linha de financiamento de SUSTENTA e o Fundo de garantia do sector agrário.

Estranhamente o Estado parece não dar primazia ao seu banco na alocação das centenas de pequenas iniciativas de desenvolvimento rural e distrital e nem sequer serve de catalisador para a mobilização de linha de crédito ou fundos de instituições de desenvolvimento multilaterais.

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