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Bloqueios de indústrias e infraestruturas em França se multiplicam

Os bloqueios de indústrias, em particular refinarias e usinas nucleares, e em infraestruturas de transporte, como pontes, linhas férreas e estradas, multiplicaram-se nesta quinta-feira em França por ocasião dos protestos contra a reforma laboral.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) disse que a greve, que foi votada maioritariamente nas 19 usinas nucleares do país (que geram mais de 75% da electricidade) não ia representar o desligamento dos 58 reactores, mas sim uma baixa de carga, que esta manhã era de 5.000 megawatts.

Arnaud Pacot, delegado da CGT na central de Nogent sur Seine, a cem quilómetros de Paris, declarou à “BFM TV”, que lá concretamente a produção tinha sido reduzida em 350 megawatts.

O acesso a muitos depósitos de combustível continuavam fechados por piquetes de grevistas – apesar do desbloqueio de 11 deles pelas forças da ordem nos últimos dias -, e seis das oito refinarias do país estavam total ou parcialmente paradas, explicou a União Francesa de Indústrias Petrolíferas.

Os piquetes também actuaram fechando ou filtrando a passagem em outros centros industriais, como a região portuária de Brest, unidade de fabricação de submarinos nucleares do grupo DCNS em Cherburgo.

O ponto culminante deste oitavo dia de protestos contra o projecto de lei da ministra do Trabalho, Myriam el Khomri, são as manifestações organizadas por todo o país.

Na desta tarde em Paris estará o líder dos protestos, o secretário-geral da CGT, Philippe Martínez.

O ponto mais criticado pelos sindicatos que se opõem ao projecto de lei é o artigo 2, que modifica a legislação trabalhista para favorecer acordos negociados nas empresas sobre os acordos colectivos.

O primeiro-ministro, Manuel Valls, afirmou que “a filosofia” do projecto de lei, e em particular a desse artigo “não será tocado”, apesar das vozes que desde ontem no Partido Socialista e no seu próprio governo que falam em fazer modificações.

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