As autoridades da Bielarusia prenderam na terça-feira mais de 600 ativistas de oposição, ignorando as críticas ocidentais à repressão policial depois da contestada reeleição do presidente Alexander Lukashenko. O Ministério do Interior disse que os ativistas devem passar 5 a 15 dias presos.
No domingo à noite, o país registrou um dos maiores protestos dos últimos anos contra o regime de Lukashenko. Líderes oposicionistas, inclusive pelo menos cinco candidatos na eleição, podem ser condenados a até 15 anos de prisão por incitação à violência.
Lukashenko, no poder desde 1994, foi reeleito para um quarto mandato, oficialmente recebendo quase 80 por cento dos votos. Ele prometeu impedir qualquer tentativa de “revolução”, e afirmou que não dará espaço à “democracia insensata” na ex-república soviética.
Partidos de oposição anunciaram uma “campanha de solidariedade” com os detidos, começando com um piquete realizado na terça-feira diante da prisão. “A ditadura uniu a oposição”, disse Vyacheslav Sivchik, líder do movimento oposicionista “Juntos”.