Os 48 membros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) chegaram a um acordo de princípio esta segunda-feira para a ampliação de capital de 70 bilhões de dólares para a instituição, que espera assim quase duplicar a capacidade de crédito.
O Haiti, a grande causa humanitária dos Estados Unidos, principal acionista do BID, verá sua dívida de 479 milhões de dólares perdoada, informou o presidente da assembleia de ministros do banco, o ministro colombiano da Fazenda, Oscar Zuluaga. Além disso, o país mais pobre do continente poderá receber 200 milhões de dólares em doações a cada ano, durante uma década.
A ampliação foi acordada por um comitê negociador dos ministros e precisa ser aprovada pelo plenário da assembleia anual ainda nesta segunda-feira, explicou Zuluaga. “Esperamos poder cumprir o objetivo de 12 bilhões de dólares de desembolsos por ano”, disse o colombiano, que praticamente duplicaria a capacidade média de empréstimo do BID, o principal banco multilateral na América Latina e Caribe.
Washington conseguiu impor uma redução de 10 bilhões de dólares ao valor de US$ 80 bilhões que era desejado pelo restante da América Latina e Caribe, após uma maratona de negociações. Os Estados Unidos queriam o melhor tratamento possível para o Haiti, mas isto implicava perdoar a dívida a partir dos fundos próprios do Banco, que obtia recursos com obrigações nos mercados e obtendo créditos de seus empréstimos.