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Bianchi não desacelerou de maneira suficiente, segundo um relatório da FIA

O piloto francês de Fórmula 1 Jules Bianchi não diminuiu a velocidade de maneira suficiente sob bandeiras de advertência antes de sofrer um acidente no Grande Prémio do Japão, segundo um relatório da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgado, esta quarta-feira (3).

“Bianchi não desacelerou o suficiente para evitar a perda de controle no mesmo ponto da pista, assim como (Adrian) Sutil”, disse o relatório divulgado no site da FIA. Bianchi sofreu o acidente mais grave numa corrida de F1 desde a morte de Ayrton Senna em 1994 ao colidir com um trator de recuperação no GP do Japão, sob chuva, a 5 de Outubro.

O piloto da Marussia, cuja equipe britânica deixou a categoria no fim da temporada, permanece inconsciente e em estado grave num hospital no sul da França, depois de ser levado do Japão para o seu país natal no mês passado. “O carro bateu no guindaste a 126 quilómetros por hora”, afirmou o relatório.

“Todos os procedimentos médicos e de resgate foram seguidos, e a sua acção é considerada como tendo contribuído de forma significativa por ter salvado a vida de Bianchi”, disse o relatório de 396 páginas. Em Outubro, a Marussia disse que estava “chocada e indignada” com relatos da imprensa sugerindo que Bianchi não tinha desacelerado o suficiente sob bandeiras de cautela.

“Se os pilotos aderem às exigências de bandeiras amarelas duplas, conforme estabelecido no Anexo H, Art. 2.4.5.1.b, então nem os competidores nem as autoridades devem ser colocados em perigo imediato ou físico”, acrescentou o relatório.

O relatório constatou que nem um cockpit fechado no carro, nem a instalação de uma protecção em torno do guindaste teria protegido Bianchi de lesões graves. “É imperativo evitar que um carro nunca atinja o guindaste e/ou os funcionários a trabalharem perto dele”, acrescentou.

O relatório da FIA recomendou um limite de velocidade a ser imposto em qualquer parte da pista onde bandeiras amarelas duplas de alerta estão a ser exibidas. Outras medidas incluíram a melhoria da drenagem do circuito e uma recomendação para que o calendário seja revisto para evitar corridas durante as estações chuvosas.

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