Antes dos cem dias como governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, já está limpar a casa deixada pelo seu antecessor Carvalho Muária. Cada treinador tem o seu fio e modelo de jogo e parece que este novo coach é daqueles que quer marcar rapidamente e para isso quer bons pontas de lanças e também uma boa consistência no meio campo e uma defesa imbatível.
Como muita atenção vamos acompanhando aqui o evoluir das coisas ao nível do governo, embora uns estejam magoados por terem visto nomes no Diário da Zambézia, mas não vamos nos cansar. A 25 de Janeiro de 2010, no pavilhão do Benfica, no acto de tomada de posse, Itai Meque, disse e citamos: “Não vim tirar ninguém, mas aquele que não mostrar trabalho sairá sozinho”-fim de citação.
Isso mesmo, sairá sozinho. Tal como a directora provincial dos Recursos Minerais e Energia na Zambézia, Berta Guambe, que sai sozinha alegando motivos de doença. Na tarde do último sábado, fomos alertados para estar atento as movimentações que estão a ocorrer no governo da Zambézia, diga-se um governo que só Muária é que entendia como funcionava o esquema, mas agora, tudo baralhado e com esta nova abordagem de elaborar plano de cem dias, claro, plano exequível, parece que está doer muito e cada um encontra argumentos para sair do governo.
Após esta alerta, seguimos atentamente as pistas que fomos dadas e soubemos que Berta Guambe, uma das directoras que Muária deixou já disse adeus e nada lhe resta senão entregar as pastas da direcção onde esteve a assumir o cargo de chefia. Dados em nosso poder, indicam que para substituir Berta, o ministro da Energia, Salvador Namburete, indicou já Almeida Manhiça, para ocupar o cargo de director do pelouro ao nível da Zambézia. Os dados que temos vindo a fazer referência, não sustentam a proveniência de Manhiça e muito menos a data da tomada de posse, algo que oportunamente iremos dizer caso tenhamos matéria.
Há mais mexidas?
Sim, há mais. Para isso, bastará acompanhar as próximas edições do DZ, onde poderemos avançar nomes de novos directores provinciais que vão fazer parte do governo de Itai Meque e também de delegados de algumas instituições que fazem parte deste governo.
E nos corredores?
Nos corredores comentam-se as saídas massivas, embora algumas sejam daquelas em que os dirigentes sabendo que estão a um fio, dão a cara e dizem que vou sair ora porque estou doente (caso da Berta), ora porque vou estudar (caso de Armindo Tonela, DPS), enfim.
Os que bem conhecem a matéria, dizem que a pressão no seio do governo da Zambézia é grande. E com esta nova abordagem da falta de planificação, algo que o antigo governador não conseguiu resolver, cada um vai olhando o relógio e quando vê que o tempo já corre para os cem dias, pede, ou alega motivos para sair.
“Isto ainda vai animar”, dizia um leitor atento do nosso jornal. Vai mesmo, porque aqueles que foram indicados para outras funções, caso da Lina Portugal, ex-directora provincial de Educação, agora Secretária Permanente de Cabo Delegado, Francisca Muluana, ex-directora provincial das Obras Públicas e Habitação, agora SP de Gaza, devem estar a rir até tirar lágrimas, porque com isso tudo, não viam a hora.
Lembre-se que, já há novos directores provinciais nas Obras Públicas, Cristóvão Forquilha e João Baptista, director provincial da Saúde. Amanhã há mais.