Benjamin Netanyahu, que se reelegeu primeiro-ministro de Israel, por uma boa margem sobre a coligação de centro-esquerda União Sionista nas eleições gerais desta terça-feira(17), informou nesta quarta-feira que tem a intenção de formar governo no prazo máximo de duas ou três semanas.
A informação está num comunicado divulgado nesta manhã pelo Likud, no qual este partido detalha que Netanyahu “já falou com todos os partidos com representação parlamentar que vê como parceiros para o seu novo governo”, o seu terceiro consecutivo e o quarto de sua carreira.
Segundo o comunicado, trata-se dos dirigentes das legendas Lar Judaico, (Naftali Bennett), Kulanu (Moshe Kahlon), Yisrael Beiteinu (Avigdor Lieberman), Shas (Arieh Deri) e Judaísmo Unido da Torá (Moshe Gafni e Yacov Litzman). Com eles, o primeiro-ministro israelense poderia conseguir uma maioria parlamentar de 67 das 120 cadeiras do parlamento, e com uma coligação exclusivamente de direitas e de ultra-ortodoxos, ou seja, das mais homogêneas que o país teve nas últimas duas décadas.
Kahlon, que com suas dez cadeiras se transformou em peça-chave das negociações, recusou novamente a revelar as suas cartas. Rompido com o Likud há dois anos por divergências com o primeiro-ministro, Kahlon declarou apenas que seu partido “seguirá seu caminho em defesa da classe média e baixa”. “Netanyahu ligou-me e disse que era sério nas suas intenções de (lançar) uma política social”, concluiu.