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Bangcok: 68 feridos em confronto com Exército

Pelo menos 68 pessoas ficaram feridas, duas gravemente, nesta segunda-feira de manhã, em Bangcok, durante uma intervenção com gás lacrimogêneo do Exército tailandês contra algumas centenas de manifestantes que bloqueavam um cruzamento estratégico do centro da cidade, sob estado de emergência, informaram fontes locais.

Militares tailandeses atiraram para o alto para dispersar a multidão, presenciou um fotógrafo da AFP. “Os soldados dispararam gás lacrimogêneo para dispersá-los. Mais de 400 soldados estão envolvidos na operação”, declarou o porta-voz militar, coronel Sunsern Kaewkumnerd.

O coronel Sunsern afirmou que 300 manifestantes ocupavam o cruzamento de Din Daeng na hora do conflito. Um fotógrafo da AFP e outro oficial calcularam em cerca de 100 o número de ativistas. Furiosa, a multidão agitava, na frente dos jornalistas, uma camisa manchada de sangue que pertenceria, segundo o grupo, a um dos feridos.

“Começamos com medidas leves e, depois, passaremos para as mais duras. Evitaremos sacrificar vidas humanas, tal como o governo ordenou”, acrescentou o porta-voz do Exército. “A operação segue seu curso. Os manifestantes tentaram investir nos soldados com um automóvel”, declarou o mesmo coronel.

No embate, pelo menos 68 pessoas ficaram feridas, e duas delas se encontravam “em estado crítico”, de acordo com os serviços de socorro. Um médico que pediu para não ser identificado disse que dois manifestantes tinham ferimentos a bala.

“Confirmo que, até o momento presente, não houve mortos”, declarou à AFP o responsável pelos serviços médicos nacionais de Urgências, Chatree Charoencheewakul. Essa é a primeira vez que as forças tailandesas de segurança utilizam a força contra os manifestantes, desde a instauração, no domingo, do estado de exceção na capital tailandesa, após uma série de incidentes graves.

O estado de emergência foi decretado pelo primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, que há semanas enfrenta manifestações dos “camisas vermelhas” (nome dado aos seguidores do ex-premier exilado Thaksin Shinawatra). Eles reivindicam sua renúncia e a realização de eleições antecipadas.

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