A banda Massukos, da província do Niassa, já tem o seu terceiro trabalho discográfico. A obra que se chama “Nyimbo Zakwatu” possui 13 faixas musicais interpretadas em línguas locais.
As músicas são cantadas, maioritariamente, nas línguas emácua, ci-yao e ci-nyanja e retratam o quotidiano, as práticas, os rituais e as tradições do povo da província do Niassa.
Os primeiros dois discos dos Massukos foram Kwimba kwa Massuko, em 2001, e “Banping” publicado em 2007.
De acordo com Simão Fontes, o vocalista da colectividade, a par dos dois trabalhos discográficos anteriores em “Nyimbo Zakwatu” abundam ritmos tipicamente tradicionais como, por exemplo, o “chioda, banping e chitauala”. O disco conta ainda com a participação das irmãs Domingas e Belita, nos coros, e Roberto Isaías.
Simão Fontes referiu que o mesmo disco não possui a participação de Mbedo, Chaito, Dionísio e Manuel que são membros fundadores do conjunto. A banda possui novos integrantes vindos de outras colectividades que se dedicam à música na cidade de Lichinga.
“As pessoas pensa quem estamos a andar de vagar, mas o importante é chegar e nós chegamos. Por isso, este disco foi gravado em Junho de 2012, mas só este ano será publicado. É preciso salientar que na fase da gravação tivemos apoio de diversas individualidades a destacar David Simango, Aires Ali e sua esposa, Assane Sufiane, a DINAME, incluindo os nossos fãs e amigos”.
De acordo coma fonte “este disco não foge muito do nosso compromisso que é divulgar e elevar as potencialidades culturais da nossa terra. As músicas foram muito bem trabalhadas, combinando-se vários instrumentos e, por aquilo que temos estado acompanhar, as pessoas que já estão a aderi-lo”.
A produção do álbum teve o patrocínio da Cooperação Suíça.
Num outro desenvolvimento, o artista apelo ao público e os admiradores da banda a comprarem a obra original, evitando a contrafacção dos materiais discográficos.
Os Massukos venceram o prémio melhor canção no Ngoma, através da música Amae, um programa musical da Rádio Moçambique no ano passado, onde amealharam um cheque no valor de 65 mil meticais.