Em 2010, o crédito malparado do Banco Pro-Crédit rondou em cerca de 7,4%, tendo como mutuários agentes de pequenas e médias empresas espalhadas pelas províncias de Maputo, Gaza, Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Nampula, para além da cidade capital de Moçambique.
No período em apreciação, o crédito foi concedido a pouco mais de 11.150 clientes donos daquele tipo de instituições, naquilo que constituiu a primeira experiência deste banco em trabalhar com as pequenas e médias empresas, depois de cerca de 10 anos de apoio a actividades produtivas da população moçambicana de baixa renda, na área de microfinanças.
Para o presente ano de 2011, o número de clientes das pequenas e médias empresas do Banco Pro- Crédit irá aumentar, substancialmente, segundo Zuklficar Buraimo, vice director-geral daquela instituição financeira detida em 85,54% pela Holding Frankfurt, da Alemanha, 12,13% pela Doen Foundation, da Holanda, e 2,33% de acções nas mãos do Estado moçambicano, através do Fundo para Fomento da Habitação (FFH).
A aposta do banco para os próximos anos é estender as suas actividades para Cabo Delgado, Niassa e Inhambane, “e continuarmos a trabalhar com a população de baixa renda, incutindo nela o hábito de depositar as suas poupanças num banco e tirarmos da cabeça das pessoas que um banco em Moçambique é apenas para dar crédito”, vincou Buraimo, falando, esta terça-feira, ao Correio da manhã.
Meio ambiente Em Novembro de 2011, entretanto, o Banco ProCrédit deverá inaugurar a sua sede, no Maputo, cujas obras estão orçadas em cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos, parte do valor proveniente dos lucros da instituição obtidos em 2009 e 2010.
Trata-se de um edifício de três pisos e a ser feito com recurso a novas tecnologias viradas para a preservação do meio ambiente, ou seja, “para gastar menos energia eléctrica e ar-condicionado”, explicou Buraimo.