O Presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo, David Simango, disse ultima Terça-feira estar já assegurado o financiamento para o projecto de reconstrução da avenida Julius Nyerere, através de fundos da Associação para o Desenvolvimento Internacional – IDA, parte do Banco Mundial que apoia os países mais pobres do mundo.
Simango explicou que “Já temos um projecto aprovado, relativo à intervenção que deve ser feita, sobretudo na zona do buraco, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Municipal de Maputo- PROMAPUTO II. Desde o ano passado, temos vindo a discutir com o Banco Mundial a reconstrução desta via, e conseguimos o financiamento da Julius Nyerere, através de fundos do IDA”.
Refira-se que a proposta do banco Mundial para a fase II do PROMAPUTO é de investir 50 milhões de dólares norteamericanos, havendo também a comparticipação do Município e do Governo de Moçambique, num montante de 40 milhões e 15 milhões de dólares, respectivamente. Segundo o edil da Cidade de Maputo, foi já lançado um concurso para o estudo do impacto ambiental, destinado a verificar eventuais modificações ocorridas na via, que se encontra interrompida, na sequência das enxurradas do ano 2000, que abriram uma enorme cratera, inviabilizando a transitabilidade da rodovia.
David Simango frisou que “é preciso verificar que modificações são essas e como tratá-las”. Ele acrescentou que, neste momento, o estudo do impacto ambiental está em avaliação e, dado que houve concorrentes, naturalmente que há uma empresa que vai vencer nesta fase de avaliação. Simango esclareceu que será reabilitado o troço que vai desde a praça do Destacamento Feminino até à Praça dos Combatentes, já que a Avenida Julius Nyerere, como estrada em si, vai até à Praça da Juventude, no entroncamento com a Avenida Lurdes Mutola.
Sabe-se, entretanto, que a reabilitação a ser feita no intervalo entre a Praça do destacamento Feminino e a zona da Praça dos Combatentes vai consistir em intervenções na plataforma da estrada e na solução do problema do buraco, que é aquele que inviabiliza a comunicação entre os dois extremos.
“Nós estamos com graves problemas de acesso e saída da cidade, pelo que a reabilitação da Julius Nyerere é uma obra que, além de importante, é urgente para nós, mas, infelizmente, há passos incontornáveis que temos de seguir, e o que posso assegurar aos munícipes de Maputo é que quanto cedo possível, a obra vai estar pronta”, afirmou.
Tais etapas incluem o estudo do impacto ambiental, o reassentamento das famílias residentes nas proximidades do local onde vão ser executadas as obras, o lançamento do concurso e adjudicação da empreitada, e, em função dessa adjudicação, “vamos ter a ideia exacta sobre em quantos meses a Julius Nyerere vai ser reconstruída”.