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Baixa participação marca segunda volta das presidenciais em Guiné-Bissau

A segunda volta das eleições presidenciais em Guiné-Bissau, realizada neste domingo, foi marcada pela baixa participação do eleitorado e por alguns incidentes violentos isolados, enquanto a população aguarda o resultado de quem será o responsável por resgatar a democracia no país após o golpe de Estado de 2012. O representante do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), José Mario Vaz, e o independente Nuno Gomes, os candidatos mais votados na primeira volta, realizada no último dia 13 de abril, disputam a chefia de Estado.

Apesar da convocação feita por ambos os candidatos e pelo presidente do Governo de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, a resposta dos cidadãos foi muito abaixo do esperado, ao contrário do que ocorreu no primeiro turno. O motivo da baixa participação é que grande parte da população se encontra a trabalhar na colheita do caju, cultivo que sustenta a economia do país, tido como um dos mais pobres do mundo.

A jornada eleitoral transcorreu com calma na maioria das povoações, exceto em Bafatá, situada no centro do país, onde um grupo de dirigentes do PAIGC foi brutalmente golpeado, segundo relatou um candidato do partido. “Um grupo de homens armados bateu em 15 dirigentes de nosso partido alegando que eram os verdadeiros donos da terra”, informou e o deputado Queita Fofana.

Aproximadamente 5 mil policias e militares reforçaram a segurança das eleições, enquanto sua legalidade era respaldada por 200 observadores internacionais. Pouco antes dos centros de votação serem fechados, as forças de segurança e os observadores não reportaram nenhum tipo de incidente relevante.

Em Bissau, o movimento de veículos militares era intenso, e todos os colégios eleitorais eram custodiados por agentes ou soldados. A jornada eleitoral foi encerrada às 18h locais, mas os resultados oficiais só devem ser apresentados entre sete e dez dias.

O segundo turno de votações para escolher o próximo presidente da nação põe fim um processo eleitoral legislativo e presidencial adiado em duas ocasiões desde novembro de 2013, principalmente pelos problemas de financiamento que o país atravessa.

O PAIGC se proclamou vencedor das eleições legislativas – realizadas no último passado 13 de abril, junto ao primeiro turno das presidenciais – com um total de 55 deputados, seguido do Partido da Renovação Social, que ocupará 41 cadeiras. Os partidos minoritários dividiram o restante das 102 cadeiras da Assembleia Nacional.

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