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Avaria na Zâmbia origina cortes de energia no Zimbabwe

A Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB) em Moçambique distancia-se do corte de energia eléctrica ocorrido no Zimbabwe, a 15 de Junho, cerca das 20:00 horas, afirmando que o mesmo resulta de perturbações no sistema eléctrico da Zâmbia.

Segundo um comunicado de imprensa, recebido hoje pela AIM, devido a sincronização da rede regional, o fornecimento de energia eléctrica do Zimbabwe ficou afectado, passando a funcionar abaixo dos níveis normais de frequência.

“Naquela sequência, os fornecimentos da HCB ao Zimbabwe foram interrompidos após activação dos sistemas de protecção, de forma a proteger a integridade e adequada funcionalidade dos equipamentos de geração e de transmissão da empresa, evitando-se assim a propagação do defeito que teria implicações nos fornecimentos a outros clientes”, refere o comunicado.

Igualmente, a avaria afectou outras fontes de abastecimento de energia eléctrica ao Zimbabwe, causando a interrupção ou redução dos fornecimentos àquele país. Assim, “como corolário do défice de fornecimentos, grande parte do seu território experimentou um período de apagão (blackout) que durou 4 horas e 20 minutos”, lê-se no comunicado.

Os fornecimentos de energia, produzida na HCB ao Zimbabwe, foram restabelecidos logo após a normalização da estabilidade do sistema, por volta das 00.30 horas. Refira-se que o Zimbabwe, cuja economia tem estado a ser afectada por frequentes cortes de energia eléctrica, corre o risco de sofrer interrupções no fornecimento de energia eléctrica dos países vizinhos devido a uma dívida acumulada de 57 milhões de dólares, reporta o jornal estatal “Sunday Mail” na sua edição de domingo, citado pela agencia noticiosa Reuters.

Actualmente, o novo governo de unidade nacional formado entre a ZANUPF, de Robert Mugabe, e as duas facções do Movimento para Mudança Democrática, uma liderada por Morgan Tsvangirai e a outra pelo professor Arthur Mutambara, está a tentar aumentar a indústria, que se encontra a operar a menos de 20 por cento da sua capacidade instalada devido a escassez de divisas para a aquisição de matérias-primas e outros insumos, incluindo a energia eléctrica.

O Zimbabwe importa cerca de 35 por cento da energia necessária para suprir as suas necessidades domésticas de Moçambique, Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC). Contudo, o fornecimento tem sido irregular devido ao atraso de pagamentos.

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