O director dos Serviços de Urgência do Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária de Moçambique, Raúl Cossa, apela a todos os cidadãos a tomarem as devidas medidas de precaução por forma a evitarem a infecção por doenças diarreicas e malária, durante a presente época chuvosa.
Segundo Cossa, a chuva cria um ambiente propício para a eclosão de doenças diarreicas, como é o caso da cólera, devido à contaminação das águas. Assim sendo, é necessário ferver a água e lavar bem os alimentos, antes do seu consumo.
“Não só, é necessário ainda lavar as mãos e lavar bem também os alimentos antes de consumirmos. Qualquer alimento deve ser bem lavado, principalmente os vegetais”, disse Cossa num breve contacto estabelecido com a AIM na quinta-feira.
Explicou que as chuvas provocam sempre charcos de água que, por seu turno, servem de viveiros para a proliferação de mosquitos e de outros parasitas que contribuem, em grande escala, para a eclosão de surtos de malária e de outros problemas de saúde pública.
“Como nós vimos, as festas foram antecedidas de muita chuva e que criaram charcos. Por isso, é necessário que todos nós eliminemos esses charcos. Devemos manter a higiene pessoal para que não possamos ser surpreendidos por doenças diarreicas e malária”, disse.
Refira-se que Janeiro é o pico do período chuvoso em Moçambique. Em 2013 a época das chuvas foi caracterizada por queda de chuvas intensas e intermitentes em quase todo o território nacional, mas com maior destaque para as zonas sul e centro do país.
Em Janeiro, o número de doentes registados padecendo de doenças infecciosas tais como diarreias, malária (a maior parte dos casos), conjuntivite, doenças de pele, entre outras subiu de 1.369 para 9.805 casos, só na província meridional de Gaza.