A Austrália estava sob pressão nesta quinta-feira para rejeitar a entrada do cantor de hip-hop norte-americano Chris Brown no país devido ao histórico de violência doméstica, no momento em que o primeiro-ministro Malcolm Turnbull prometeu 100 milhões de dólares australianos para combater a violência contra as mulheres.
Vem crescendo o clamor público para impedir que Brown –cuja condicional, emitida no Estado da Califórnia em 2009 na sequência de uma agressão à cantora Rihanna, foi revogada em Fevereiro– se apresente em cidades australianas em Dezembro.
A ministra das Mulheres, Michaelia Cash, falando ao lado de Turnbull em um evento na capital Canberra que ressaltou os novos esforços do governo para enfrentar a violência doméstica, exortou o ministro da Imigração, Peter Dutton, a barrar o artista.
“As pessoas precisam entender que, se você vai cometer violência doméstica e depois quer viajar pelo mundo, haverá países que dizem a você: ‘você não pode entrar aqui porque não tem o tipo de caráter que queremos na Austrália’”, disse Cash aos repórteres. Dutton não comentou o assunto publicamente.
A vizinha Nova Zelândia já declarou que Brown não se qualifica para entrar no país em resultado de acto semelhante da Grã-Bretanha, o que lança dúvidas sobre a inclusão da região na sua digressão mundial.