O sector de saúde na província central da Zambézia, pode estar a passar por maus bocados, sobretudo por parte do seu pessoal, médicos e enfermeiros, não recebem os subsídios a que tem direito há pelo menos dois meses. O atendimento nas unidades hospitalares tem piorado, principalmente naquelas onde existem bancos de socorros.
Fontes, que preferem manter o anonimato temendo represálias, disseram ao jornal Diário da Zambézia que a situação arrasta-se há dois meses e que os respectivos subsídios não são pagos pela direcção provincial de Saúde na Zambézia.
Todavia, estas fontes afirmam ainda que não vão convocar uma greve pois tem receio de serem mal interpretados. Porém, a greve é silenciosa e cada um faz no sector em que se encontra afectado.
Quem sofre com esta greve silenciosa são os pacientes que tem estado a ser atendidos sem o mínimo respeito sobretudo nos bancos de socorro existentes no Hospital Provincial de Quelimane, no Centro de Saúde 17 de Setembro e também no Centro de Saúde de Coalane, onde os pacientes ficam horas a fio a espera de serem atendidos, isto porque o técnico afecto decidiu encostar a cama e apanhar sono.
