Quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas na terça-feira em três atentados com carros-bomba no centro de Bagdá, apesar do reforço das medidas de segurança, enquanto em Mossul (norte) 40 pessoas ficaram feridas em duas explosões.
Em Bagdá, o primeiro carro-bomba explodiu perto da embaixada iraniana, o segundo nas proximidades do ministério das Relações Exteriores e o terceiro perto do edifício do ministério da Emigração. Um quarto veículo foi encontrado pela polícia, com três minas antitanque e quatro bombas de fabricação caseira.
O carro estava estacionado perto de um posto de controle que leva à “zona verde”, sector central e ultraprotegido onde ficam, entre outros, a embaixada americana e o governo iraquiano.
Em Mossul (350 km ao norte de Bagdá), 40 pessoas ficaram feridas em duas explosões contra duas igrejas sírias, uma católica e outra ortodoxa. Esta é a quarta onda de atentados, em quatro meses, que afecta principalmente edifícios oficiais da capital iraquiana, apesar das rígidas medidas de segurança. No dia 8 de Dezembro, cinco explosões mataram 127 pessoas e deixaram quase 450 feridos em Bagdá, na terceira onda de ataques executada desde Agosto.
Em 25 de Outubro explosões causaram 153 mortes e mais de 500 feridos. No dia 19 de Agosto, dois atentados suicidas contra o ministério das Relações Exteriores deixaram um balanço de 106 mortos e 600 feridos. Os ataques aconteceram um dia após o fim das audiências no Parlamento das principais autoridade de segurança do país.
Os parlamentares criticaram a coordenação ruim entre os ministérios, que por sua vez censuraram o Parlamento por não aprovar os orçamentos necessários, em particular para a contratação de informantes. O general americano Ray Odierno, comandante das tropas dos Estados Unidos no Iraque, previu recentemente uma nova onda de ataques antes das eleições legislativas previstas para 7 de março.