Cinquenta pessoas foram mortas, esta segunda-feira (28), num atentado de homens-bomba contra um comício político no Iraque para as eleições de âmbito nacional, marcadas para dentro de dois dias, nas quais policiais e soldados iraquianos votaram mais cedo, disseram as autoridades e testemunhas.
Um agressor suicida matou pelo menos 30 pessoas e feriu outras 50 num comício político curdo na cidade de Khanaqin, 140 km a nordeste de Bagdad, segundo fontes do sector de segurança.
Os curdos estavam a comemorar a aparição na televisão do presidente iraquiano Jalal Talabani, um curdo que está incapacitado desde o final de 2012, que votou na Alemanha, onde está sob tratamento médico.
“O agressor infiltrou-se entre a multidão, perto da sede da União Patriótica do Curdistão, e explodiu, causando um trágico massacre”, disse uma autoridade da polícia, soluçando depois de descobrir que o seu irmão estava entre os mortos.
Enquanto isso, militantes muçulmanos sunitas, principalmente disfarçados em uniformes do Exército e da polícia, atacaram centros de votação ao redor de Bagdad e no norte do Iraque, numa ação dos militantes para prejudicar a quarta eleição nacional do Iraque desde a queda de Saddam Hussein em 2003.
Um toque de recolher começa a vigorar na terça-feira à noite, já que os iraquianos irão votar na quarta-feira. As forças de segurança estão em guerra com um ramo da Al Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, na província de Anbar e outras áreas que cercam a capital.