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Até 30 migrantes da Líbia podem ter morrido no Mediterrâneo, elevando saldo para 1.700

Migrantes resgatados de um bote de borracha que partiu da Líbia na semana passada disseram que até 30 pessoas morreram pisoteadas ou afogadas durante a viagem, e o saldo de mortes no mar Mediterrâneo neste ano subiu para mais de 1.700, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

Eles chegaram a Pozzallo, na Itália, na segunda-feira e disseram que seu bote perdeu o motor e começou a fazer água horas depois de zarpar da Líbia.

Alguns caíram no mar e se afogaram e outros foram pisados em meio ao pânico, inclusive uma criança pequena, o que deixou entre 20 e 30 mortos. Dois corpos foram recuperados.

As chegadas de imigrantes à Itália pelo mar aumentaram cerca de um terço neste ano, somando aproximadamente 60 mil pessoas, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) registrou mais de 1.700 mortos ou desaparecidos. Mais de 50 corpos foram levados à Itália nos últimos dias e dezenas mais podem ter morrido, disse a agência.

Um segundo grupo de sobreviventes de um bote de borracha disse ao Acnur que 82 pessoas podem estar mortas, já que caíram na água quando seu barco desinflou na última quarta-feira.

No mesmo dia, 33 corpos foram recuperados, incluindo 13 mulheres e 7 crianças, quando um barco de madeira quase virou e derrubou cerca de 200 pessoas no mar enquanto as operações de resgate começavam.

Migrantes provenientes da África em fuga da violência e da penúria económica vêm repetindo que se lançar ao mar é a única maneira de escapar do cativeiro e dos abusos na Líbia, onde os traficantes de pessoas operam impunemente.

“Vários refugiados e imigrantes que chegaram a Lampedusa no final de semana tinham ferimentos de tiro”, disse Babar Baloch, porta-voz do Acnur em Genebra.

“Um homem disse à nossa equipe que foi baleado na perna por membros de milícias líbias que também roubaram seus pertences”, disse Baloch. “Outro homem foi baleado no braço e torturado por um traficante que extraiu seu dinheiro. Muitos sobreviventes também relataram ter testemunhado amigos sendo baleados ou mortos na Líbia.”

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