O Governo reitera o compromisso de garantir, até 2029, o acesso melhorado à água potável para 85% da população e o saneamento básico para 60% dos cidadãos, num esforço que traduz a sua visão de uma governação orientada para resultados e centrada nas reais necessidades do povo moçambicano.
Neste contexto, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, realizou, recentemente, uma visita de trabalho às Direcções Nacionais de Abastecimento de Água e Saneamento (DNAAS) e de Gestão de Recursos Hídricos (DNGRH), tendo deixado claro que a resposta aos principais desafios do País passa pela disponibilização de água segura, construção de infra-estruturas resilientes e por uma actuação coordenada entre todos os actores do sector.
Dirigindo-se aos técnicos das duas instituições, Fernando Rafael foi categórico: “Não haverá combate eficaz às doenças de origem hídrica, nem desenvolvimento sustentável, sem barragens, fontes estruturadas de captação e maior cobertura de abastecimento de água, sobretudo no meio rural”.
Num outro desenvolvimento, o governante referiu-se à necessidade de “mudar a realidade das zonas rurais, porque é onde vive a maioria do nosso povo. O sistema que usamos nas cidades tem de chegar às zonas rurais”, sublinhou, acrescentando que “melhorar os indicadores de cobertura de água exige uma visão estrutural, investimentos consistentes e um sector coeso”.
Ao abordar a actuação das instituições públicas e comerciais do sector, o ministro defendeu que a eficácia só será possível com partilha de informação, planificação conjunta e foco nas reais necessidades da população. “Não importa quem mobiliza o financiamento. O que importa é garantir que os investimentos vão onde a população mais precisa. Trabalhar em silos ou de forma isolada só faz o povo perder, e o povo não pode esperar”, frisou.
Durante a visita, o ministro encorajou os jovens técnicos a assumirem uma postura de responsabilidade activa, lembrando que o conhecimento e a experiência só têm valor se forem traduzidos em melhorias concretas. “A nossa missão é clara. A experiência só conta se se traduzir em melhorias reais na vida das populações”.
Na área do saneamento, Fernando Rafael elogiou a abordagem estratégica em curso e destacou o apoio crescente dos parceiros, alertando para a necessidade de uma priorização territorial justa e orientada por dados concretos. “A província mais crítica tem de ser a primeira a ser atendida. Temos de trabalhar com foco e justiça territorial”.