A produção agrícola em algumas regiões do distrito de Gorongosa, na província de Sofala, poderá fracassar na presente campanha, em resultado da guerra entre Forças governamentais e guerrilheiros do antigo movimento rebelde, a Renamo, facto que forçou milhares de camponeses a abandonarem a actividade para encontrar refúgio em zonas seguras.
Estima-se que, dos 10 mil agricultores que deviam ser assistidos pelos técnicos dos Serviços Distritais de Actividades Económicas, apenas 4.300 é que ainda se encontram nas áreas de produção, pese emboras estejam afectadas pelos confrontos que opõem os guerrilheiros da maior força de oposição em Moçambique, a Renamo, e as Forças de Defesa e Seguranças.
Algumas regiões onde a produção poderá fracassar são Vunduzi, Canda, Casa Banana, Nhabirira. Inácio Intato, director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas, disse à Rádio Moçambique, nesta terça-feira (05), que os 4.300 camponeses que não abandonaram as suas zonas de produção representam 45 porcento.
Por sua vez, a União Nacional de Camponeses (UNAC) considera que a actual situação político-militar que o país vive comprometeu completamente a primeira época agrícola nos distritos de Machanga, Chibabava, Maringué, Gorongosa, Nhamatanda e Dondo, na província de Sofala; Moatize, em Tete; Macossa, em Manica; Rapale e Mecuburi, em Nampula; Homoine e Funhalouro, em Inhambane. “A esperança reside na segunda época agrícola com o aproveitamento das zonas baixas”.
