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Ataque de Israel contra escola da ONU mata 15 na Faixa de Gaza

Autoridades da Faixa de Gaza disseram que forças israelitas bombardearam nesta quinta-feira uma escola administrada pela ONU que servia de abrigo, matando pelo menos 15 pessoas, enquanto o número total de palestinos mortos no conflito ultrapassou 760 e tentativas de uma trégua permaneciam uma incógnita.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse estar horrorizado com o ataque contra a escola em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. “Muitos têm sido mortos, incluindo mulheres e crianças, assim como funcionários da ONU”, disse ele em comunicado. “As circunstâncias ainda não estão claras. Eu condeno fortemente este ato.”

Mais tarde, Ban chegou ao Egito onde deverá reunir-se com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que tem trabalhado para se chegar a uma trégua.

O porta-voz de Kerry disse que o ataque contra a escola “destaca a necessidade de acabar com a violência”. Mas não havia nenhum sinal de progresso na obtenção de um cessar-fogo após quatro dias da presença dele na região. “Persistem as diferenças entre as partes”, disse um oficial sénior dos EUA, acrescentando que Kerry não permanecerá “por um período de tempo indefinido”.

O Exército de Israel disse que está a investigar o incidente. O tenente-coronel Peter Lerner, das Forças de Defesa de Israel, disse que havia uma possibilidade de a escola ter sido atingida por foguetes desgovernados do Hamas. “Pode ser fogo errante das Forças de Defesa de Israel, ou foguetes lançados por terroristas de Gaza, mas ainda não sabemos, ainda há um ponto de interrogação”, disse ele à Reuters TV.

Um porta-voz da agência de assistência da ONU disse que tentou, em vão, organizar uma retirada de civis da escola com o Exército de Israel e observou relatos da queda de foguetes do Hamas na área ao mesmo tempo.

Um fotógrafo da Reuters no local disse que poças de sangue podiam ser vistas no chão e nas mesas dos estudantes no pátio da escola, perto do aparente impacto de um projétil de artilharia.

Diversas famílias que viviam na escola correram com os seus filhos para o hospital onde as vítimas estavam sendo atendidas, a algumas centenas de metros. Laila Al-Shinbari, mulher que estava na escola no momento do bombardeiro, disse à Reuters que as famílias haviam se reunido no pátio para esperar um comboio da Cruz Vermelha para retirá-las de lá. “Todos nós nos sentamos num lugar quando de repente quatro projéteis acertaram as nossas cabeças… corpos estavam no chão, (havia) sangue e gritos. O meu filho está morto e todos os meus parentes foram mortos, incluindo meus outros filhos”, disse ela em prantos.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra, disse que além dos 15 mortos, 200 pessoas foram feridas no ataque. O diretor de um hospital local disse que vários centros médicos em Beit Hanoun estavam recebendo os feridos.

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