Um homem-bomba matou, esta Quarta-feira, pelo menos quatro pessoas dentro do complexo do palácio presidencial em Mogadíscio, na Somália, de acordo com a polícia, a União Africana e insurgentes da Al Shabaab.
A Al Shabaab retirou-se da capital em Agosto e as forças da União Africana têm realizado a segurança nos bairros deixados pelos rebeldes islâmicos, mas a cidade costeira continua susceptível aos ataques regulares de homens-bomba e explosões nas estradas.
Há diferentes relatos sobre o número de mortos na explosão. A Al Shabaab assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirmando que um dos seus homens-bomba matou 17 pessoas e feriu outras 30.
“Que vitória dentro do chamado palácio presidencial, mais explosões e bombas virão em seguida”, disse à Reuters o porta-voz das operações militares do grupo de rebeldes islâmicos, xeique Abdiasis Abu Musab.
O porta-voz das forças de manutenção de paz da União Africana na Somália (Amisom), Paddy Ankuda, disse que quatro pessoas, incluindo civis, foram mortas e que não houve incidentes com soldados da Amisom.
O coronel Abdullahi Barise, porta-voz da polícia, afirmou que cinco pessoas morreram e 10 ficaram feridas pela explosão do homem-bomba.
O conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro, Abdirashid Mohamed Ali, e Ankuda, disseram que a explosão deu-se perto do portão do complexo presidencial, perto dum prédio usado pelo presidente do Parlamento.
O grupo islâmico linha-dura, que uniu-se formalmente à Al Qaeda, em Fevereiro, tem utilizado cada vez mais ataques com bomba na capital, agravando a contínua insegurança no país que não tem um governo central desde 1991.